Governo de extrema-direita deu primeiro passo para impedir Supremo Tribunal de poder rever decisões dos ministros
Milhares de israelitas bloquearam estradas e o principal aeroporto internacional do país esta terça feira.
Os protestos eclodiram depois de, na segunda-feira, o governo de extrema-direita ter avançado com um projeto de lei que pretende retirar ao Supremo Tribunal o poder de rever as decisões dos ministros.
Pelo menos 70 pessoas foram detidas.
Grandes manifestações contra a reforma judicial repetem-se desde o início do ano.
"Há mais de meio ano que protesto, porque o nosso governo decidiu mudar a face do país", contou Yael Erez, estudante de medicina.
"Passamos de uma nação democrática, que dá poder a todos e protege os nossos direitos, a um Estado desigual, que dá prioridade aos interesses pessoais dos que estão no poder", concluiu.
"Sinto que este governo está simplesmente a ignorar os seus cidadãos. Metade da nação sente-se negligenciada e isso é muito doloroso. Ver o que estão a fazer ao nosso belo país parte-nos o coração", confessou o engenheiro Naor Huri.
O parlamento de Israel aprovou a primeira votação sobre a proposta que pretende limitar o poder judicial.
Esperam-se mais duas votações até ao final do mês para que o projeto se torne lei.